27.2.12

Ford Custom 1951 - Voltando as estradas

Quem acompanha este Blog desde o início sabe que tudo começou com a restauração e customização de um FORD CUSTOM 1951 HOT ROD, o qual nomeia esta página da web. Mas a algum tempo ele sumiu dos olofótes, outros antigos apareceram, histórias novas surgiram, as aventuras da familia Campos viraram aventuras da ESCUDERIA COQUEIRO. Bastou uma bela oportunidade com um lindo dia de sol em que os Amigos dos Antigos marcaram de ir a Guapimirim, para o Leozão se empolgar em curtir seu conversivel, aliás ele já andou curtindo o carro no carnaval em pequenas voltinhas em Terê.


Reparem agora no novo visual do Hot Rod, agora com rodas vermelhas como manda o figurino. Pois bem, voltando ao passeio dos Amigos do Antigo, os integrantes do clube marcaram de dar uma volta até Guapi e colocar os carros para andar, isso entusiasmou tanto aos amigos que foram ao passeio 14 carros do clube além do amigo Joel Seixas, do Volks Clube de Teresópolis.


Antes de descerem a Serra rolou uma breve revisão do Fordão no Posto Irmãos Resende, completando óleo de diferencial etc...


Além do Fordão com Leozão e Cláudia, Leozinho e helena desceram no Opala 73 Shrek, o Victor na Caravan 79 e o Thiago acompanhado do Plinio no Opalão 88 Diplomata.







Lá em Guapi eles pararam na praça central da cidade e sentaram em um Quiosque para se esconder do forte sol e calor.




Tirando o fato do Carburador do opala do Léo Filho ter dado trabalho na volta o passeio foi otimo!







16.2.12

MOTOR V8 302 - O QUE FALTA NO MAVERICK

No momento o que anda rolando nas reformas da ESCUDERIA COQUEIRO  são somente Dodge's, mas se engana quem acha que agora tudo gira em torno deles. Leozão a algum tempo comprou um motor 302 V8 para seu Maverick 1977, e andou comprando tudo para fazer a retífica dele.

Esta semana chegou todas as peças, confira:



 Bronzina de mancal

 Comando original

bomba de oleo e selos d' água

 Corrente de comando dupla

 Tuchos Hidráulicos

 Jogo de junta do motor

Anel de segmento

Buchas do comando

Todas estas peças foram compradas ainda no ano passado, porém como são importadas só chegaram agora. Já foi tudo encaminhado para o mecânico e ainda este mês deve estar pronto.
Vai ficar um show!


...

15.2.12

DODGE DE CORRIDA - Piloto 16 Leo Samara (Leo do Brinco)

Apaixonado por carros desde criança, hoje conhecido como "Leozão" na sua atual cidade, não era citado na década de 80 no aumentativo, o destaque dele era o inverso, bem magrinho e com um assessório nenhum pouco comum na época, um brinquinho na orelha.

Em 1984 "Léo Samara" iniciou sua vida automobilistica, com nada mais do que um Dodge Charger R/T 1971. Um conhecido dele tentou transformar este Dodge (um belo verdão hoje muito requisitado) num carro de corrida, colocando o "Santo Antônio" e outros assessórios, porém não aguentou terminar, então ele negociou o carro finalizando o projeto e o colocando nas pistas. Para isto, ele foi "PAITROCINADO" pela Samara Imoveis, Imobiliária de seu Pai, e JR Automoveis, agência de carro na mesma Quadra da Imobiliaria.




Em sua primeira corrida no Campeonato de HOT DODGE Centro Oeste, este "moleque" de apenas 19 anos dividia o gride de largada com pilotos novos e experientes de Brasília e Goiás no hoje Autódromo Internacional Nelson Piquet.

Dodge Charger 1971 com a grade do 75


O Dodgão parado em frente a Samara Imoveis



Primeira tomada de tempo, um belo 6º lugar garantido!


 Iniciou-se a corrida e nada de deixar qualquer piloto o utrapassar, terminando no mesmo 6º lugar em que largou, marcando assim este episódio para sua vida inteira, mas por outro motivo, e de certo modo frustrante. Seu pai, Píndaro Nascimento, quando o encontrou falou:
"Pô, você não conseguiu ultrapassar ninguem em!!", deixando o Leo arrasado!

Depois da sua estréia, ele correu mais 8 provas no Campeonato Hot Dodge daquele ano. Os resultados foram medianos, sempre entre o 6º e o 10º colocado, mesmo assim aquela experiência estava fazendo com que Leo do Brinco se apaixonasse cada vez mais pelo automobilismo.



Sua vida de piloto em 1984 não foi nenhum pouco facil, até economizar o dinheiro que ganhava para comer o pão com salame valia a pena, pois sem este sacrificio não haveria grana o suficiente para colocar alcool no Dodgão!



Encerrava-se ai sua história com os Dodges de corrida e abria-se a página nas corridas com o Passat 1979 que contaremos em breve!


...


14.2.12

HOT DODGE - OS VEOITÕES RONCAM NO PLANALTO

NESTA POSTAGEM, IREMOS MOSTRAR COMO ERA UM CAMPEONATO DE V8 NA DÉCADA DE 80, NO QUAL O LEOZÃO TEVE O PRIVILÉGIO DE CORRER POR UMA TEMPORADA.

Agradecemos ao amigo Jovino por nos autorizar a reproduzir sua matéria na íntegra.

Fonte: http://blogdojovino.blogspot.com/2011/01/hot-dodge-os-veoitoes-roncam-no.html


A categoria TFL (Turismo Força Livre) já fazia um grande sucesso no final da década de 70 e alinhavam os opalas Stocks, Fiats, Fuscas, entre outros. Já no final de 1980 alguns Dodges já participavam da categoria e o número de carros foi aumentando e a Federação de Automobilismo do Distrito Federal resolveu criar o regulamento técnico e desportivo da Hot Dodge, a partir de 1981, com largada independente da TFL

Carlos Marques da Brasilia Importadora no gride em 83


Pepe e Lula começando a descida da bruxa

No começo, os carros muito pesados e com regulamento praticamente original e que permitia apenas o rebaixamento da suspensão, amortecedores trabalhados com a substituição do óleo por outro mais grosso, carburação original, mas preparada, aumento da taxa de compressão e rodas com pneus radiais de rua de até 8 polegadas, mas os pilotos conseguiram descobrir uma brecha no regulamento e passavam a lixar os pneus e deixando-os quase Slicks.

Mario de Assunção começando a contornar a curva do placar.

As voltas eram bem altas acima de 2m50seg e a corrida era realizada no circuito interno. Mas com o decorrer do tempo, foi-se desenvolvendo, principalmente, acerto dos carburadores que eram a álcool e assim os tempos foram baixando e o número de carros aumentando chegando-se acima de 20 na formação do grid.



Os veoitões fazendo a curva da vitória

No começo era comum as derrapagens e saídas de curvas (bruxa)

O Milagres com o seu Ddoge Bar 707 saía muito na televisão por causa das escapadas de curvas

Sem dúvida alguma, a Hot Dodge era quem levava um grande número de público ao autódromo, principalmente, em função das derrapagens, saídas de curvas e os acidentes, pois quando se perdia o controle da bagaça, era quase impossível segurá-la e o público vibrava.

Carlos Marques dando uma escapada na curva da vitória e Eli Pimentel(repare a arquibancada lotada)

Em algumas provas, em função do nº dos TFLs, que diminuíam a cada ano, a Hot Dodge passou a largar juntamente com eles e assim os Dodges eram alinhados atrás do último carro da TLF e as provas ficavam mais interessante para o público ver, mas que não eram nada bom para os pilotos da Hot Dodge, pois os opalas davam uma volta em cima dos Dodjões.

Opala da TFL acelerando junto com os Dodjões

Carlos Marques na curva 1

Para se ter uma idéia, em 1976, nos mil quilômetros de Brasília (Div 1 – FIA), onde participavam as grandes equipes brasileiras que alinhavam os famosos Mavericks Quadrijeteres da Mercantil Finasa pilotados por Bob Sharp e Paulo Gomes, entre tantas outras e grandes equipes daquela época, a pole position ficou com o piloto da casa Jose Carlos Catanhede e José Laurindo com o Maverick laranja da Arroz Olinda com 2m42seg23 e a vitória com o Bob Sharp e menos de 9 anos depois o Beto virou em 2min29seg, se tornando o recordista da pista.

Beto Fazenda com o carro recordista da categoria (aqui já no final da categoria quando os Dodges já tinham uma configuração mais braba

Quando a categoria começou a desenvolver-se mais, uma conseqüência natural do automobilismo, a quantidade de carros começou a diminuir quando liberaram os pneus slicks e alguns pilotos passaram a usar o pistão e coletor do caminhão Dodge a álcool, comandos Scanderiam, tuchos mecânicos e balancins reguláveis, carburadores não originais e preparados, o peso foi aliviado com a liberação de vidros em acrílicos, a fuselagem também aliviada e até aerofólios foram utilizados, ficando apenas uma lâmina de lata nas portas e capôs e os antigos tempos que eram acima de 2m50seg, foi baixando e chegou-se a este incrível recorde da pista, isto já no final da categoria, em 1985.

Ailton Cristo e Silvino na reta oposta

Pepe e sua máquina

Os grandes nomes da Hot Dodge foram os pilotos José Anísio, que vencia quase tudo, Carlos Marques, que geralmente chegava em 2º (ambos da mesma equipe – Brasília Importadora), depois foi dominada pelo Osvaldo Toller Junior (Elétrica Mercúrio que virava em torno de 2m33seg e o segundo colocado em torno de 2m36seg e assim sucessivamente) e mais no final, o Beto Fazenda, que foi o último campeão da categoria.
A equipe do Toller Junior (Renê Feiticeiro, Toller, Bodão e ...?)

Em 1983, houve nove corridas e o Toller Junior ganhou oito com todas as poles e melhores voltas. O fato interessante ocorreu por conta de uma corrida na chuva em que ele classificou-se à frente dos opalas, mas a Federação não o deixou alinhar junto e ele foi obrigado a alinhar atrás do último carro da TFL.

Toller Junior e seu Bicho papão da Hot Dodge e Campeão em 1983.

O piloto e amigo de infância Lula

Viana e seu Dodjão Fluminense

Mais um amigo de infância, o Luisinho das Candangas e seu Charger RT

A categoria também existia em Goiânia e chegou-se até a tentar unir as duas categorias com realização de provas lá em Goiânia e Brasília, mas acabou por não dar certo com o final da categoria goiana.
Com isto, alguns pilotos de Brasília trouxeram alguns carros de lá, carros muito mais equipados e com um regulamento, na época, mais liberal, e que já tinham pneus slicks e até aerofólios criando-se uma expectativa de como eles se comportariam na pista brasiliense. Na realidade, para a minha surpresa e acredito que de todos, não conseguiam virar nos mesmos tempos dos carros de Brasília e ficavam para trás até eles retirarem os aerofólios, que mais prejudicavam do que ajudavam.

Entre estes pilotos, estavam a dupla Celsão e Nelson Sanches, que vieram da TFL, mas não conseguiram a performance que eles esperavam.

Houve também a participação esporádica do Ricardinho Nhen Nhen Nhen que marcou a pole position numa referida prova, fez a melhor volta e venceu de ponta a ponta. No total foram 110 pilotos que participaram da categoria desde a sua criação.
Revendo tudo isto, como dá um aperto lá no fundo do coração, saudades de um tempo vindo e findo quando ousamos fazer aquilo que nos parecia impossível da realização de um sonho, sonho este de colocar um carro para brincar entre colegas e aprender que automobilismo é esporte muito sério e para quem tem muito grana, pois arcar com as despesas que aumentam a cada corrida juntamente com o fascínio que ela exerce sobre a gente e concluir que para conseguir sucesso é necessário muito investimento, tanto financeiro, como dedicação pessoal ou então ficar nas arquibancadas aplaudindo os donos do espetáculo.

Jovino no Grid de 84

(Agradeço a colaboração do Presidente da FADF, Sr. Napoleão Ribeiro, que forneceu algumas fotos e relação de pilotos, os pilotos Beto Fazenda, Carlos Marques, Luiz Torres (o Lula), Luiz Cesarino e Wesber Juvenal (o Pepe), Viana, Oswaldo Toller Junior, que contribuíram com fotos e esclarecimentos).

Obs: 1: quem tiver participado da Hot Dodge Brasiliense, favor entrar em contato comigo através deste emeil: jobenevenuto@hotmail.com.


Obs: 2: (esta matéria foi publicada anteriormente no blog do meu amigo Saloma (http://www.interney.net/blogs/saloma/) em 2008 e refeita agora com algumas atualizações).


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