20.2.11

Hot Rod dos Sonhos

Já que Hot Rod é a bola da vez, vale a pena ver de novo a reportagem do Auto Esporte com Emerson Fittipaldi tirando onda!

4.2.11

O Lixo de Uns é o Tesouro de Outros

Uma pessoa sempre me disse que eu via a beleza onde outros só viam lixo. Aí, ontem ouvi essa frase do título que ficou na minha cabeça. Para ser exato, a narradora fez a seguinte alusão: "como acontece com os carros, o lixo de uns é o tesouro de outros". Bom.. este sou eu!


Tenho orgulho em salvar verdadeiras relíquias de ferros-velhos. Tudo bem que às vezes eu salvo ferros-velhos de ferros-velhos... Mas gosto de desfilar pelas ruas e estradas com meus carangos.
É verdade que passo raiva. Também é verdade que não sai muito barato. Mas é o que gosto. É o que sou.


Sobre a frase, eu a coloquei no Google para ver a referência que a narradora havia feito e achei essa "lenda urbana". Como toda lenda, dizem que foi verdade... Vai saber...


(por Ron Mehl)
Por várias vezes, Bob havia tentado encontrar o caminho pelo fundo da garagem, e estava prestes a sair quando a avistou.
Embora ela estivesse parcialmente escondida debaixo de uma toalha de mesa e um acolchoado velho, seu formato era inconfundível. Tratava-se de uma motocicleta. E não era uma simples motocicleta... era uma Harley.
Evidentemente, não fazia parte dos produtos vendidos em liquidação naquela garagem, e aquilo chamou a atenção de Bob.
— A moto está à venda?
O homem encolheu os ombros e respondeu:
— Bem... por que não? Minha mulher diz que tudo está à venda. Mas você precisa saber de uma coisa: A moto não roda desde que foi comprada. O motor não funciona. Ela não sai do lugar. Vale mais a pena comprar uma nova do que consertar esta coisa velha.
Bob concordava com a cabeça pacientemente. Mas procurou saber:
— Mesmo assim, quanto você quer por ela?
— Tenho certeza de que o pessoal do desmanche me daria 35 dólares pela lataria. O que você acha?
Bob olhou para aquela montanha de metal velho e enferrujado. O que sua esposa diria se ele a levasse para casa? Apesar disso... para um olho bem treinado, ela possuía potencial. Mesmo que a moto não rodasse, ele daria um polimento nela, para início de conversa. E poderia vendê-la por mais de 35 dólares. Só as peças valiam mais do que isso.
— Está bem — ele disse. — Eu lhe dou 35. Posso pegá-la amanhã?
De repente, a velha Harley já estava ocupando espaço na garagem de Bob. Depois de algumas semanas de protelação, ele resolveu telefonar para a Harley-Davidson só para saber quanto custariam as peças principais de reposição. A ligação foi transferida para uma pessoa do setor de peças, e ele fez algumas perguntas.
—      Se você me fornecer o número de série — disse o vendedor —, eu poderei verificar para você.
Bob forneceu o numero.
—      Aguarde um instante.
Enquanto aguardava na linha, Bob ficou ouvindo música: rock da década de 1960. Bem apropriada! — ele pensou. Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, o homem retornou. E retornou bem a tempo. Mais uma música cantada pelos Trogs ou por Country Joe and the Fish, e ele teriam desistido.
Agora, a voz do homem parecia diferente. Estranha. Ponderada.
Como se alguma coisa importante estivesse prestes a acontecer.
—      Eu... eu vou precisar ligar de volta para você, está bem? Você poderia me fornecer seu nome completo, endereço e o número de seu telefone, por fayor?
Por que ele precisa de meu nome e endereço? — pensou Bob. Mas, que mal poderia haver? Mal nenhum. Provavelmente, ele passaria a fazer parte de alguma lista de motociclistas. Bob forneceu as informações ao homem e desligou.
Após alguns minutos, porém, ele começou a ficar nervoso. Arrependeu-se de ter fornecido informações pessoais por telefone. E se a moto estivesse envolvida em algum crime? E se fosse  roubada? Estaria ele correndo o risco de ser processado? Talvez a polícia já estivesse a caminho — ou, quem sabe, um "Hell Angel" , pronto para reclamar a sua moto...
Bob permaneceu ansioso durante alguns dias, sem receber notícias do revendedor da Harley. Assim que suas preocupações começaram a se dissipar, o telefone tocou. Dessa vez, contudo, não era o funcionário do setor de peças; Bob se viu falando com um executivo da Harley. O homem parecia exageradamente amistoso, deixando Bob ainda mais intranqüilo.
—      Preste atenção, Bob — ele disse —, quero que você me faça um favor, está bem?
—      Hum... bem, acho que sim.
—      Bob, quero que você deixe o fone de lado, sem desligá-lo, retire o assento de sua moto e veja se existe alguma coisa escrita embaixo dele. Você me faria esse favor, Bob?
O      homem falava como se fosse um controlador de tráfego aéreo instruindo o pouso de um 737.
Bob sentiu-se entre a cruz e a espada.
Mesmo assim, pegou uma chave de fenda, fez o que lhe foi dito, e retornou ao telefone.
— Sim — ele disse —, existe alguma coisa escrita ali. Está gravada, e diz: “O REI”. Veja lá, existe algum tipo de problema com esta moto?
O que está havendo?
Houve um segundo ou dois de profundo silêncio do outro lado da linha. Bob sentia-se como alguém conversando por telefone a longa distância e ouvindo um alfinete cair no chão.
— Bob, meu patrão autorizou-me a lhe oferecer 300 mil dólares pela moto, com pagamento à vista. O que você acha? Podemos fechar negócio?
Bob estava tão atordoado que não conseguia falar.
— Eu... eu... preciso pensar um pouco — ele gaguejou.
Depois de desligar o telefone, ele começou a escorregar lentamente até sentar-se no chão da cozinha.
No dia seguinte, Bob recebeu um telefonema de Jay Leno, o principal entrevistador de programas noturnos de TV. Leno explicou que tinha “uma queda especial por Harleys” e ofereceu 500 mil dólares a Bob.
“O Rei” era nada mais nada menos do que Elvis Presley. O número de série deixara bem claro esse fato, e a gravação embaixo do assento eliminava qualquer dúvida. A moto que Bob resgatara como se fosse ferro velho, por 35 dólares, havia pertencido ao “Rei do Rock’n Roll”. E valia meio milhão de dólares — no mínimo. Depois de tantos anos à procura da “Grande Descoberta”, Bob a encontrara, mas não havia reconhecido o que tinha em mãos.
Esta história é perfeita para mostrar que muitos não sabem o valor do que têm.
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