A última dele foi comprar uma moto feita em casa com motor de Fusca e várias peças de um monte de carros.
Binho chegou da escola com a notícia da existência da moto e meu dono ficou tão doido que, mesmo antes de analisar, já fez a proposta.
Quando a moto chegou em casa, ele percebeu que vai demorar bem mais do que o previsto para poder rodar. Muita coisa está faltando. Mas o que mais importa é que ela é única no mundo! E vai ficar ainda mais personalizada agora, na mão deles!
A idéia foi baseada nas motos Amazonas, fabricadas no Brasil nas décadas de 70 e 80 com motor Volkswagen refrigerado a ar.
HISTÓRIA DA AMAZONAS, OU "MOTOVOLKS"
A idéia de se construir uma motocicleta com motor VW, não foi exatamente iniciada com a Amazonas. No início dos anos 70, os mecânicos Luiz Antonio Gomi e José Carlos Biston, construíram uma máquina de 330 quilos com motor VW a ar de 1500 cc, cujo volante do motor fora aliviado, pois a moto, inicialmente, tinha a tendência de inclinar-se em demasia quando acelerada. O câmbio também era da marca alemã, tendo a marcha-a-ré em alavanca à parte, a fim de não confundi-la com as outras marchas, que eram acionadas pelo pé esquerdo como em qualquer outra moto. A suspensão traseira tinha duas molas auxiliares, paralelas às originais e, na dianteira, contava com dois amortecedores de direção do Fusca, que foram colocados lateralmente aos telescópios dianteiros, enquanto o sistema de freios era composto por dois discos de Ford Corcel na frente e apenas um atrás, com pinças da VW Variant, sendo usado o cilindro mestre do Fusca.
A estrutura foi feita com pedaços dos quadros de uma Harley e de uma Indian 1200 de 1950, enquanto a parte inferior foi construída artesanalmente e - incrível - foi aprovada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP. Posteriormente, para a fabricação do protótipo, que ostentava detalhes como o painel do Chrysler Esplanada e tanque em forma de caixão, os dois amigos instalaram uma oficina em São Paulo, na Av. Dr. Salomão Vasconcelos 668, e construíram mais três Motovolks, cujo paradeiro é hoje desconhecido.
A estrutura foi feita com pedaços dos quadros de uma Harley e de uma Indian 1200 de 1950, enquanto a parte inferior foi construída artesanalmente e - incrível - foi aprovada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP. Posteriormente, para a fabricação do protótipo, que ostentava detalhes como o painel do Chrysler Esplanada e tanque em forma de caixão, os dois amigos instalaram uma oficina em São Paulo, na Av. Dr. Salomão Vasconcelos 668, e construíram mais três Motovolks, cujo paradeiro é hoje desconhecido.
Segundo palavras do próprio Luiz: "... eu tinha uma Harley e um Fusca. Todas as vezes que eu saia de Harley sempre ocorriam pequenos problemas. Você sabe como é: quebrava uma corrente, descarregava a bateria etc... e sempre quem ia como socorro era o meu fusquinha. Aí eu pensei, VOU COLOCAR O MOTOR DO FUSCA NA HARLEY.... Ele nunca quebra!!!..."
E assim com este pensamento simplista surgiu o maior mito das estradas brasileiras.
E assim com este pensamento simplista surgiu o maior mito das estradas brasileiras.
Mas a história não termina aqui. Um grupo de São Paulo, FERREIRA RODRIGUES, interessou-se pelo projeto dos mecânicos, então nasceu em 1978 a lendária AMAZONAS, única moto com marcha-a-ré, que foi considerada na época a maior motocicleta do mundo. Foi a maior febre em todo o Brasil, pois nesta época não havia importação de motos e tínhamos de conformar-nos com algumas motos nacionais de baixa cilindrada. Deste modo, surgiu a "Amazonas Motocicletas Especiais - AME", empresa fundada em 15 de agosto de 1978, no bairro da Penha (SP). A produção iniciou-se, entretanto, apenas trinta e dois dias depois da criação da AME, que começou a construir os modelos Turismo Luxo, Esporte Luxo e Militar Luxo. A moto era uma verdadeira salada de peças de carros da época, com peças de Corcel, Fusca, Caminhão Mercedes 608, Puma e Ford. Era uma moto superdimensionada e, por isso, era muito forte e durável, coisa não muito comum nos dias de hoje... Tanto que ainda é muito comum nestes dias, ver-se uma Amazonas com várias peças originais, em perfeito estado de conservação. Ela teve até um modelo a álcool, em 1978. Este modelo dispunha de carenagens integrais do motor, para mantê-lo em temperaturas mais elevadas.
A Amazonas foi exportada para várias partes do mundo, inclusive para o Japão.
Foram feitas diversas modificações durante sua existência, inclusive no chassis, suspensão, estética e motorização, até sua total extinção, em outubro de 1988, sendo que cinco ou seis motos ainda foram montadas no ano seguinte, marcando assim, o fim do MOTOSSAURO. Para se ter uma idéia, a Amazonas custava o equivalente a seis Honda CG125, na época em que ela era fabricada (pesquisa feita pela revista Moto Show em 15 de abril de 1983).
Nos dias de hoje, encontrar uma Amazonas original não é tarefa das mais fáceis, pois ao longo dos anos seus proprietários fizeram várias modificações, tanto na estética como na mecanização. Existem hoje Amazonas com injeção eletrônica de combustível. As pessoas que elaboraram a Amazonas iriam ficar boquiabertas ao ver estas motos ainda rodando.
(Fonte desta matéria e pesquisa, Revistas DUAS RODAS, MOTO TECNICA, MOTO SHOW - extraído do site http://www.tmamotos.com.br/mito.html).
Veja mais fotos de motos bacanas com motores e visuais surpreendentes em http://www.esquadraodoasfalto.com.br/arquivosdefotos.htm
Um comentário:
A amazonas não acabou assim... depois continuaram fazendo ela, mas a fábrica mudou o nome da moto, pra KAENA. pesquisaê q c vai achar umas fotos, mas taí uma dica:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-65668336-kahena-st-1600-preta-1996-evoluco-da-amazonas-_JM
e barro queimado tem mais a ver do q vermelho incêndio...
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